Assim não me esqueço de nada... penso...

Consumo de Smart Drugs

Vivemos num mundo competitivo por excelência, repleto de tensões, no qual tudo muda rapidamente e ninguém sabe o que nos reserva o futuro. Os postos de trabalho diminuem a um ritmo vertiginoso, os salários parecem contas de divisão. Por outro lado, as taxas, impostos e mensalidades aumentam de dia para dia. Somos demais e os bens escasseiam. Assim sendo, é-nos imposta uma enorme pressão desde cedo para que sejamos infalíveis, quer seja por parte dos pais, quer seja por parte dos professores, ou até mesmo pela própria sociedade em geral.
Tudo começa na escola secundária e na universidade. Estas são as esferas competitivas primárias das nossas vidas e, também, as que têm mais importância para o nosso futuro em termos de oportunidades de carreira e de possibilidade de melhores rendimentos. A pressão para sermos academicamente bem sucedidos é real e bem comum.
Em épocas de exames finais, em que nos consciencializamos de que temos de sobreviver a uma verdadeira maratona de livros, conciliando-a com a vida pessoal e restantes afazeres, o nervosismo e o medo de falhar falam mais alto e a primeira pergunta que surge é “Como serei capaz?”. É neste âmbito que surgem os estimulantes cerebrais.
Inteligência, concentração e memória, tudo num só comprimido. Um cocktail aliciante não? Estes são o último recurso para jovens universitários desesperados na expectativa de encontrarem estratégias que os ajudem a rentabilizar o seu estudo.
Os especialistas alertam que este fenómeno se está a espalhar por todo o mundo e a variedade de substâncias que melhoram a performance cerebral aumenta de dia para dia. Mas o resultado pode ser perigoso. Para além de não conseguirem resultados milagrosos - “Não tem qualquer efeito na memória, o máximo que conseguem é uma sensação de concentração e insónia”, sublinha o neurologista Castro Caldas -, têm efeitos secundários muito graves – “altera a biologia normal do cérebro”, “perturbações psicológicas”, “hiperactividade e ressacas”- sendo extremamente viciantes, segundo o mesmo neurologista.
 

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Escola Secundário Camilo Castelo Branco | Vila Real